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Osteopatia: a arte de curar com as mãos.

  • Foto do escritor: christiana araripe
    christiana araripe
  • 3 de jul.
  • 4 min de leitura

Atualizado: 4 de jul.


Em um mundo onde se corre para abafar sintomas, a Osteopatia surge como uma ciência que desacelera, investiga e escuta. Vai fundo na raiz dos desconfortos, buscando não apenas curar dores, mas restaurar o equilíbrio do corpo como um todo. Entre os profissionais que traduzem essa filosofia em prática clínica diária, está o Osteopata Leonardo Paternot, que há mais de duas décadas dedica sua vida a essa abordagem que transforma não só corpos, mas histórias.



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O Osteopata Leonardo Paternot: Paixão pelo ofício



Um encontro que mudou tudo


Leonardo conheceu a Osteopatia em 2001, quando ainda era estudante de Fisioterapia e realizava estágio no Hospital Estadual Anchieta, no Rio de Janeiro. Naquele ambiente hospitalar, onde também ocorria a formação prática dos futuros osteopatas, teve contato direto com figuras fundamentais para a chegada da Osteopatia no Brasil: Bernard Quef, fundador do Instituto Brasileiro de Osteopatia, e o professor Philippe Pailhous.


“Me inscrevi no primeiro módulo da formação e, de cara, percebi que era isso que eu estava procurando”, lembra Leonardo. Era o começo de uma jornada exigente, mas profundamente recompensadora.

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O que é Osteopatia?


De forma direta, mas profundamente embasada, Leonardo explica:


“A Osteopatia é uma abordagem manual destinada a melhorar a saúde, e seu princípio é detectar áreas no corpo onde os movimentos estejam limitados — seja uma vértebra, uma cicatriz aderida, uma tensão nas meninges ou até uma víscera fixada. Toda estrutura que não tem liberdade de movimento não consegue desempenhar normalmente seu papel no corpo. Trabalhamos, portanto, nessas áreas de restrição de mobilidade.”

A Osteopatia se apoia em uma compreensão ampla da anatomia, da fisiologia e das conexões entre os diversos sistemas do corpo humano. Fáscias, sistema nervoso, sistema circulatório, meninges e vísceras são todos interdependentes. Um bloqueio em um ponto pode gerar desequilíbrios em áreas aparentemente desconectadas.


“É comum tratarmos uma fixação do fígado para melhorar uma dor no ombro, ou liberar a cervical de alguém com dor de cabeça crônica. O corpo é um sistema integrado e é preciso compreender esse contexto para alcançar resultados reais”, explica Leonardo.

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A motivação por trás da técnica


A escuta ativa do corpo e a delicadeza do toque que cura fazem da Osteopatia uma arte para poucos — e um propósito para quem enxerga além da biomecânica.


“A motivação é ajudar as pessoas a ter uma saúde melhor e tornar a vida delas mais fácil. Muitas vezes conseguimos eliminar rótulos que os pacientes carregam há anos, como: ‘sou alérgico’, ‘tenho dor de cabeça sempre, mas é normal’, ‘meu pescoço é travado, mas sempre foi assim...”

Leonardo vive, na prática, as pequenas e grandes transformações de quem volta a respirar melhor, regular o intestino, dormir sem dor ou retomar atividades que pareciam impossíveis. “E quando conseguimos mudar a vida de alguém com um problema funcional apenas com as mãos, sem medicamento, é tão gratificante que você não quer mais parar.”


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Um caminho de estudo, ética e presença


Para alcançar esse nível de sensibilidade clínica e precisão técnica, o caminho é longo. A formação em Osteopatia exige cinco anos de estudos aprofundados, mais de 500 horas de estágio supervisionado em hospitais públicos, provas rigorosas e atualização constante.


“Só segue na formação quem realmente é apaixonado. Você aprende que cada pessoa é única, e duas pessoas com o mesmo sintoma podem exigir abordagens completamente diferentes. A escolha da técnica, a forma de aplicação, a escuta do corpo — tudo isso exige foco, presença e responsabilidade.”

Leonardo também destaca a importância de reconhecer os limites da prática osteopática.


“Nem tudo pode ser tratado com as mãos. Precisamos saber quando encaminhar o paciente para outros profissionais, orientar mudanças de hábitos, ergonomia, alimentação. A Osteopatia não se fecha em si — ela se soma a outras práticas para o bem-estar real do paciente.”

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Do consultório ao esporte de alta performance


Além dos atendimentos clínicos, Leonardo acumula experiência no universo esportivo. Já acompanhou de perto atletas de diversas modalidades: surfistas, praticantes de beach tênis, lutadores, remadores, jogadores de futebol e cavaleiros.


Sua grande paixão, no entanto, é o motocross. Ao cuidar de pilotos em treinos e competições, Leonardo aplica os princípios da Osteopatia para realinhar o corpo, prevenir lesões e melhorar a performance.


“Vê-los vencer com a ajuda da Osteopatia é uma realização. Saber que meu trabalho contribuiu para aquele momento de superação é algo que me enche de orgulho.”

Relatos que tocam


Ao longo da carreira, Leonardo já ouviu — e viveu — relatos marcantes. Pacientes que chegaram com dores crônicas e saíram livres. Pessoas que enfrentavam dificuldades respiratórias, intestinais, problemas no ciclo menstrual ou dores de cabeça recorrentes, e encontraram alívio duradouro após algumas sessões.


“É algo transformador. A pessoa volta a se sentir no próprio corpo. Volta a confiar em si. Isso vai muito além da técnica — é sobre devolver movimento à vida.”

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O futuro da Osteopatia no Brasil


Hoje, Leonardo integra um grupo de osteopatas que segue o legado de Bernard Quef, lutando pelo reconhecimento oficial da Osteopatia como profissão no Brasil — um reconhecimento já estabelecido em muitos países.


“O futuro da Osteopatia no Brasil é brilhante. Temos profissionais altamente capacitados, comprometidos com a ciência e com o cuidado humano. Meu objetivo é que cada pessoa que passe por um atendimento de Osteopatia possa ter uma impressão positiva, que inspire outras a conhecerem esse caminho iniciado em 1874 por Andrew Taylor Still.”

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Uma escolha que transforma


Na era dos diagnósticos rápidos e das soluções farmacológicas imediatistas, Leonardo representa uma escolha diferente: a escolha por uma escuta mais atenta, um toque mais respeitoso e um olhar mais profundo para o corpo e sua história.


A Osteopatia não promete milagres — oferece ciência, técnica, empatia e um convite ao reencontro com a saúde verdadeira. E nas mãos de Leonardo, essa prática encontra a sua melhor tradução: cura que vem do toque, do estudo e do coração.



Contatos:


21 99252 7483

Instagram: @leonardopaternot

 
 
 

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