O Chamado da Deusa: A trajetória espiritual e artística de Aparecida Sauer e a missão de conduzir mulheres de volta ao Sagrado
- christiana araripe
- 28 de out.
- 4 min de leitura
Por trás de cada mulher desperta, há uma história de reencontro com sua própria essência. No caso de Aparecida Sauer, esse reencontro começou cedo — e foi moldado por dons espirituais, arte, dança e uma profunda conexão com o Sagrado Feminino.
“Nasci numa família de médiuns e fui treinada nos conhecimentos e práticas espirituais desde criança, quando já exibia alguns dons mediúnicos”, relembra Aparecida.

Aos 33 anos, uma experiência mística com Jesus e Maria Madalena marcou um divisor de águas em sua jornada.
“Foi um verdadeiro renascimento e definiu com clareza o meu propósito de vida: conduzir as mulheres de volta ao Sagrado.”
Da dança à devoção: o corpo como templo da alma
A espiritualidade sempre dançou ao lado da arte na vida de Aparecida. Desde os 4 anos, ela já se expressava pelo movimento, estudando no Ballet Moderno Enid Sauer. Mas foi na Dança do Ventre, sob a orientação da professora Maira Mattar, que ela sentiu o despertar da Deusa — não como conceito, mas como uma presença viva em seu corpo e consciência.
Anos depois, em 1996, já em Los Angeles, criou o projeto The Goddess BodyPrayer, uma proposta pioneira que une dança do ventre, mudras, véus e meditação em movimento.
“A ideia é revelar a dança única de cada mulher”, explica.

Hoje, na Escola de Mistérios Asas de Ísis, esse trabalho se transformou em um ritual profundo de liberação, empoderamento e celebração do feminino.
“É um retorno ao corpo como templo da alma — a verdadeira dança da sacerdotisa.”
O florescer do Sagrado Feminino
Quando iniciou seu caminho, o termo “Sagrado Feminino” ainda nem existia — falava-se em Espiritualidade Feminina.
“Havia poucas mulheres, mas todas muito comprometidas e dedicadas”, conta.
Com o tempo, o movimento cresceu e se espalhou pelo mundo, ganhando força e visibilidade Mas, segundo ela, a expansão também trouxe desafios.
“O movimento se tornou um pouco mais superficial. Acho importante voltarmos a nos aprofundar nos estudos e nas práticas, pois acredito que as mulheres precisam despertar seu poder interior para que haja maior integração do feminino e masculino — dentro de nós, nas relações, e na sociedade como um todo.”

As faces da Deusa pelo mundo
A busca espiritual de Aparecida a levou a diferentes países, onde viveu experiências místicas marcantes com as grandes Deusas da humanidade.
“Fui iniciada no caminho do feminino por Maria Madalena e em seguida descobri minha conexão com a deusa Ísis. Foram experiências puramente internas”, relata.
No Japão, sentiu a presença amorosa de Amaterasu e Kuan Yin (Kannon), que a acolheram com doçura e lhe mostraram que era hora de brilhar — e assim foi. “Os workshops no Japão foram um grande sucesso, realizei seis turnês com turmas lotadas.”No Havaí, recebeu uma explosão de energia criativa da deusa Pele, e no Egito, viveu momentos de profunda conexão com Ísis, Sekhmet e Hathor, sentindo a força amorosa dessas divindades milenares.
“É lindo perceber que as deusas são muitas, mas o amor é um só. É a Mãe Divina com suas diferentes faces, nomes e funções.”
A arte como portal de cura e expansão
Para Aparecida, espiritualidade e arte são indissociáveis.
“Acredito que a arte é ponte entre espírito e matéria — a arte cura.”
Em sua visão, a iluminação não é algo distante, reservado a templos ou à vida após a morte, mas um estado possível no corpo, no aqui e agora. Na Escola de Mistérios Asas de Ísis, a dança e a música se tornam veículos de incorporação da consciência no corpo físico. Através da mitologia das Deusas, as mulheres aprendem a se reconhecer, curar feridas ancestrais e despertar o poder do feminino em si mesmas.
“Essas antigas histórias nos ensinam a nos valorizar, perdoar, nos libertar, evoluir e aprender a amar verdadeiramente.”
Entre os mitos que mais a inspiram, o de Ísis e Osíris é o fio condutor da Formação Sacerdotisas de Ísis, um mergulho profundo em temas como origem cósmica, vidas passadas, sombra, masculino e feminino interior e o processo de iluminação espiritual.
Entre cartas e memórias: o oráculo e a cura
Outra de suas ferramentas de trabalho é o Tarot Cigano, que surgiu a partir de um chamado espiritual.

“A cigana Madalena se apresentou em sonhos. Primeiro ela me pediu para comprar uma saia e dançar para ela. Depois veio o tarot cigano.”
Com o tempo, o tarot se tornou um instrumento de autoconhecimento e expansão de consciência.
“As cartas revelam o que está oculto no inconsciente — padrões, desejos, medos ou potenciais ainda não manifestos. Cada símbolo é um portal.”
Além das leituras online, Aparecida ensina seu próprio método em um curso digital completo.
Remembering: a Cura de Ísis
Entre as práticas que oferece, uma das mais poderosas é o Remembering — a Cura de Ísis, recebida por ela em estados meditativos profundos.
“Durante essas transmissões, resgatei memórias de vidas passadas no Antigo Egito, nas quais fui sacerdotisa de Ísis.”
A técnica atua nos níveis físico, emocional, espiritual e ancestral, promovendo resgate de alma e reintegração do campo original de luz.
“Remembering é mais do que uma técnica — é um portal que nos reconecta diretamente com a energia de amor, cura e magia da Deusa Ísis, a Mãe da Humanidade.”

Um chamado ao despertar coletivo
Aparecida Sauer é, antes de tudo, uma ponte entre mundos: entre a arte e o espírito, o passado e o presente, o corpo e o divino. Sua missão é clara — guiar mulheres no reencontro com o Sagrado que habita em cada uma delas.
Em um tempo em que o feminino busca curar feridas ancestrais e reequilibrar forças esquecidas, sua mensagem é simples e profunda:
“O corpo é o templo da alma. E a dança é a prece que o desperta.”

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