Luly Albuquerque: um caminho entre o sagrado, a ancestralidade e a cura
- christiana araripe
- 27 de jul.
- 4 min de leitura
Durante anos, Luly Albuquerque percorreu o mundo corporativo com excelência, atuando como executiva em uma importante fundação acadêmica. No entanto, por trás da rotina de reuniões, metas e gestão, havia algo mais profundo e intuitivo pulsando dentro dela — um chamado antigo, sutil, mas cada vez mais impossível de ignorar: o chamado da alma.

A terapeuta holística, Luly Albuquerque
Esse chamado não surgiu do nada. Vinha sendo nutrido há mais de duas décadas por uma busca pessoal por equilíbrio, por respostas e por cura. Luly participava de constelações familiares há mais de 20 anos e sempre foi atenta ao universo das terapias holísticas, à força da natureza e às práticas integrativas que envolvem o corpo, a mente e o espírito.
Foi no silêncio forçado da pandemia que o invisível ganhou voz. Convidada pelo Bio Desenvolvimento Humano a fazer uma especialização em Terapia Sistêmica, Luly aceitou o desafio. E foi como se, ali, tudo fizesse sentido.
“A chave virou durante os estudos sobre traumas e padrões herdados”, relembra. “Percebi que não herdamos apenas o DNA dos nossos pais — herdamos também dores emocionais não curadas de gerações anteriores.”
Movida por essa descoberta, Luly mergulhou na formação em Constelação Familiar, uma ferramenta terapêutica que revela dinâmicas inconscientes dentro dos sistemas familiares e convida à reconciliação, ao reconhecimento e à liberação dos emaranhados herdados.
Do oráculo ao autoconhecimento: o baralho que direciona caminhos
A Constelação Familiar já fazia parte da sua prática quando um novo chamado surgiu — desta vez, com um toque místico e ancestral: o Baralho Cigano.
“No começo, eu resisti. A conexão com o Baralho surgiu de forma inesperada, mas não consegui evitar por muito tempo. Logo me vi imersa em estudos, simbologias e técnicas”, conta ela.
O que poderia ser apenas uma curiosidade espiritual se revelou uma poderosa ferramenta terapêutica. Com sensibilidade, ética e intuição refinada, Luly passou a utilizar o Baralho Cigano Terapêutico como instrumento de orientação emocional e mental para seus clientes.
“O baralho não está ali para prever o futuro como muitos pensam, mas sim para direcionar, iluminar caminhos, revelar bloqueios, trazer clareza mental. É um espelho da alma.”

Ela explica que os oráculos sempre estiveram ligados a figuras femininas ligadas à natureza e à espiritualidade, o que gerou séculos de repressão, preconceito e exclusão.
“Os oráculos foram marginalizados porque eram usados por mulheres que ousavam ouvir a intuição, curar com as mãos, dançar com a natureza. Mas hoje, aos poucos, esse cenário está mudando. As pessoas estão se abrindo para a sabedoria ancestral com mais respeito e curiosidade.”
Integração de saberes: constelação e baralho como aliados na jornada de cura
Com o tempo, Luly percebeu que as duas técnicas — Constelação Familiar e Baralho Cigano — se complementavam perfeitamente.
“Enquanto a Constelação trabalha as camadas mais profundas do inconsciente e das emoções herdadas, o Baralho oferece direção e consciência. Ambas convergem para o mesmo ponto: o bem-estar e a liberdade emocional do indivíduo.”
Esse cruzamento de caminhos se tornou o diferencial do seu trabalho. Com base sólida na Terapia Sistêmica, Luly oferece um atendimento cuidadoso, ético e intuitivo. Muitos de seus clientes chegam em busca de respostas rápidas com as cartas e acabam mergulhando em processos profundos de transformação pela Constelação — e vice-versa.
“Os resultados que acompanho me emocionam todos os dias. Tenho clientes que voltam meses depois com outra postura, outro brilho no olhar. E isso me fortalece. É uma via de mão dupla: à medida que cuido, também vou me curando.”
O legado invisível: o baralho da bisavó e a voz da ancestralidade
Em meio à sua jornada, um momento marcante revelou o quanto seu caminho é profundamente conectado às raízes da sua linhagem.
“Minha página do Instagram apareceu como sugestão para uma prima da minha mãe, lá de Pernambuco, com quem eu tinha pouco contato. Ao ver meu nome e meu trabalho com o baralho cigano, ela me contou que guardava os baralhos da minha bisavó, herdados da minha tataravó, que era de origem cigana.”
Essa história — que mais parece um presente do destino — foi um ponto de virada emocional.
“Hoje, uso o baralho da minha bisavó nos meus atendimentos. É um instrumento carregado de história, força, sabedoria e amor. Faz parte do meu sistema familiar há mais de um século. Recebê-lo foi como ouvir da minha linhagem ancestral: ‘esse caminho é seu’.”
Rezar, dançar e honrar: práticas que curam
Além das constelações e do baralho, Luly também vem resgatando uma prática silenciosa e poderosa: a reza ancestral, passada por sua avó, rezadeira do sertão pernambucano.
“Algumas pessoas próximas começaram a me procurar com questões de saúde, e senti que era hora de honrar esse dom. Tenho usado essas rezas com carinho e respeito, como parte do meu serviço de cura.”

Outra expressão que integra corpo e alma na sua caminhada é a Dança Cigana. Para ela, a dança é uma forma sutil de oração em movimento, conexão com o Sagrado Feminino e com a energia vital do universo.
“A dança é minha ponte entre o visível e o invisível. Um ritual de liberdade, força e beleza.”
Serviços oferecidos: caminhos para a transformação
Atualmente, Luly oferece dois atendimentos principais:
Constelação Familiar Sistêmica Individual. Uma imersão terapêutica para identificar padrões herdados, restaurar laços, curar feridas emocionais profundas e gerar leveza nos relacionamentos.
Leitura Terapêutica com Baralho Cigano Atendimento oracular que revela os aspectos emocionais, espirituais e práticos da vida do consulente, apontando caminhos e trazendo clareza para decisões importantes.
Ambos os atendimentos partem do mesmo princípio: a cura começa quando trazemos à consciência o que estava escondido.
Uma mulher em constante transformação
Luly Albuquerque é, como ela mesma diz, uma mulher que se reconstrói todos os dias. Vive com propósito, acredita no poder do acolhimento e caminha com os olhos voltados para o futuro — mas com os pés fincados nas raízes de sua ancestralidade.
“Trilho meu caminho acolhendo histórias e construindo pontes entre passado, presente e futuro. Acredito na força das linhagens, nas curas que não vemos, nas verdades que o corpo revela, nas mensagens que a alma envia.”
Seu trabalho é um convite para quem deseja viver com mais leveza, consciência e verdade.

Contatos:
21 98181-7505
Instagram: @luly_energiaecura




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