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Como a Floresta Cresceu Dentro de uma Garrafa e Virou um Negócio: a história do My Little Garden

  • Foto do escritor: christiana araripe
    christiana araripe
  • 24 de mai.
  • 3 min de leitura

Durante o caos silencioso da pandemia em 2020, enquanto o mundo parava, uma pequena floresta nascia — primeiro como um sopro de respiro dentro de casa e depois como um empreendimento que carrega, literalmente, vida em seu interior.

Assim surgiu o My Little Garden, uma marca que transforma garrafas de vidro em verdadeiros portais para o bem-estar, guiada pela sensibilidade e conexão profunda com a natureza de sua criadora, Mayra de Paula.



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Mayra de Paula e sua obra



Antes do primeiro terrário nascer, ela trabalhava no mercado da moda, com carteira assinada. Com os contratos de trabalho suspensos e a rotina congelada pelo isolamento, o tempo em casa se transformou em solo fértil para algo novo florescer.


"Peguei algumas plantas e um aquário esquecidos e fiz um arranjo. Sem a menor pretensão de empreender, apenas por hobby”, relembra.

O que começou com cactos e suculentas virou uma espécie de terapia silenciosa: acompanhar as plantas crescerem, a terra se acomodar, o verde ganhar forma.


“Em menos de um mês, eu estava completamente encantada. Ver as plantas prosperando me dava uma alegria genuína. Comecei a fazer mais arranjos. Era algo que me fazia bem.”


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A aproximação do Dia das Mães trouxe o primeiro impulso comercial. Ao anunciar suas criações em um grupo de mães da escola do filho, as encomendas surgiram espontaneamente — o que era artesanal virou desejado.


“Antes mesmo de divulgar em redes sociais, já estava vendendo bem. Foi aí que nasceu a ideia do My Little Garden”, revela Mayra.

Pouco a pouco, os arranjos se sofisticaram. As mãos antes voltadas para tecidos e tendências da moda agora moldavam pequenos universos verdes em garrafas de vidro, com musgos, pedras e miniaturas.


“Passei a fazer terrários fechados. Foi como descobrir uma nova linguagem: silenciosa, viva, poética".


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O My Little Garden deixou de ser apenas um negócio. Tornou-se extensão da alma.


“Levei meus terrários ao nível de uma obra de arte. Eles têm a alma da Floresta, que é algo que carrego em mim. A intenção é fazer o observador se imaginar pequenininho lá dentro, passeando, e assim causar o bem-estar e a cura que um momento na natureza traz.”

A identidade da marca foi se consolidando com esse propósito: oferecer mais do que decoração — oferecer uma experiência.


“Minha conexão com a Floresta transborda nos terrários. Cada detalhe é pensado para reconectar as pessoas com a natureza, mesmo em apartamentos pequenos, mesmo em meio ao concreto das cidades.”


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O destaque da coleção é o Garrafão Pedra da Gávea, batizado em homenagem ao monumento natural carioca.


“É o grande desejo dos clientes. Um terrário que transforma qualquer ambiente. É quase como abrir uma janela para o verde, para o silêncio da mata,” diz.

E não é exagero. Os terrários fechados funcionam como verdadeiros micro ecossistemas autossuficientes. A umidade se recicla dentro do vidro, a fotossíntese acontece, o ciclo da água se mantém sem interferência humana.


“É como o nosso planeta. A terra e as plantas criam um equilíbrio tão perfeito que não há necessidade de rega. A natureza sabe cuidar de si — basta que a deixemos em paz.”


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O cuidado é mínimo. Um local com claridade, sem sol direto no vidro, e pronto: a floresta se mantém viva. O que muda é o tamanho, de acordo com o espaço disponível de cada cliente.


“É a maneira mais fácil e poética de ter um pedacinho da Floresta em casa.”

Os terrários conquistam pelo visual, mas encantam pelo simbolismo.


“São vivos. Representam o ciclo da vida. E a experiência de ver as plantas prosperarem sem a nossa intervenção é mágica. É um lembrete de que tudo na vida tem seu tempo, seu ritmo, sua cura.”

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Mayra ainda voltou por 15 dias ao antigo emprego quando os contratos foram reativados. Mas bastou esse breve retorno para entender que não era mais possível viver longe da terra, do musgo, do silêncio das garrafas verdes.


“O My Little Garden fazia muito mais sentido pra mim. Me deu liberdade, mais tempo com meu filho e a chance de viver com propósito. Eu troquei a pressa pelo cuidado. Troquei o cronômetro pela raiz”, conclui Mayra.

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Hoje, ela cultiva mais do que terrários: cultiva reconexões. Entre pessoas e plantas, entre casas e florestas, entre o que somos e o que esquecemos que também somos — natureza.

Porque às vezes, é no menor espaço que mora a maior transformação.



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Contatos:

21 967336356

@mylittlegardenrio


 
 
 

1 comentário


roballo021
25 de mai.

Projeto mais lindo feito por uma fada maravilhosa!!! Não vejo a hora de ter o meu!

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